Quando alguém diz que não quer mais nossos carinhos, nossa presença, nos sentimos agredidas e reagimos agredindo. Ou então, fixamos nossa vida nessa pessoa como forma de manter aquilo que tínhamos. Mas ter o que? As pessoas não nos pertencem. Porque ficamos obcecadas por alguém durante anos e esquecemos de viver? Sofremos muito com nossa teimosia em esquecer o que passou, e não buscamos vida nova. Quando finalmente conseguimos nos libertar de nossa própria prisão mental, olhamos para trás e vemos o tempo perdido remoendo mágoas, ou exercitando nossas técnicas de sedução e reconquista em busca do amor perdido.
Onde está a razão para agirmos assim? Onde está a origem deste comportamento? Será que não nos amamos o suficiente a ponto de achar que o mundo acabou quando acabou um relacionamento? Porque nos fizemos cegas para não enxergar a realidade de um fim de namoro, casamento, amizade?Realmente não entendo porque agimos assim. Só sei que depois que conseguimos nos livrar dos fantasmas do passado, depois que conseguimos perdoar e seguir em frente, a vida recomeça. E tudo volta a ser lindo como antes. Aquele a quem morríamos por amor, de repente não passa de um amigo, ou de alguém em que já não vemos mais aquele brilho intenso. Não passa de uma pessoa cheia de falhas e que por vezes, estas falhas o deixam feio. Como não víamos isso antes?
Livrar-se das paixões destruidoras e dar lugar ao amor que nos liberta é um passo muito importante a ser dado por nós mulheres. O amor não nos deixa esquecer de nossas próprias necessidades, não nos afasta de nossos sonhos, não transforma o outro em uma divindade. Pelo contrário, o amor que liberta, vê em todas as pessoas um ser lindo, um irmão. Não se espera nada em troca, se ama apenas por amar. E se um dia esse amor não mais existir, permanecerá um sentimento de gratidão por momentos felizes compartilhados com a pessoa amada.
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