domingo, 4 de setembro de 2011
Humanidade x Animalidade
Sabe aquelas pessoas que adoram animais? Às vezes fico pensando de onde vem tanto amor pelos bichos. Claro, também gosto dos animais, acho bonitos, interessantes, criaturas de Deus. Mas eles lá e eu aqui. Até cuido do cachorrinho da minha irmã, quando ela vai viajar e ele vem para minha casa. É brincalhão, parece uma criança. Mas é uma responsabilidade. Eles são muito mais dependentes de nós do que uma criança. Não falam, não dizem o que estão sentindo, o que precisam. Se estão com sede, com frio, com fome. Uma criança, de dois anos em diante, já sabe expressar suas necessidades.
Certo, isso tudo só pra dizer algo sobre o filme que assisti. Planeta dos Macacos – a origem. Uma história comovente, que mostra o amor entre humano e animal. Mas que ao desenrolar das coisas, os papeis acabam se invertendo. O humano parece animal e o animal parece humano. Eu explico: quem é o animal quando um ser usa outro para fazer testes em laboratórios, para torturar, humilhar, maltratar?
Foi isso que o filme mostrou. Macacos em laboratórios, sendo testados por seres ‘humanos’. Por que o homem olha para os animais com esse olhar de superioridade? E com isso acha que tem o direito de judiar, atropelar, deixar passar fome, deixar doente, entre outros terrores que sabemos que existem.
No filme, César, o macaco, demonstra muito mais humanidade do que muitos de nós. Lealdade, amizade, são alguns dos valores que observei no ‘animal’. E cadê isso entre nós? Cadê o sentimento de amor que Jesus tanto falou? Afinal de contas, somos mesmo humanos? O que é ser humano? É a mãe abandonar o recém nascido? É o pai bater no filho? É um grupo de jovens espancar alguém por que ele é ‘diferente’?
Os animais protegem seus filhotes e se brigam entre si é porque ainda não têm consciência dos seus atos. E nós? Nós temos a dita consciência, mas não a usamos. Deixamos de lado cada vez que sentimos raiva de alguém, que falamos mal de alguém, que não perdoamos, que tentamos nos vingar, etc. etc. etc.
Mas preste atenção. Isso não é um texto moralista. Me incluo dentro de todos os nossos defeitos ‘humanos’. Afinal, sou humana, e humanos podem errar. Mas há uma característica muito importante em nós, homo sapiens, é que podemos aprender com os erros. Então, aprendi, com esse filme, que precisamos olhar os animais com amor e mais, que esse amor deve ser estendido também aos que me cercam, aos da minha espécie.
Difícil né? Pois é, passaram 2011 anos que essa lição foi plantada na Terra e a gente pouco ou nada aprendeu. Quem sabe hoje então!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Muito legais seus texto..
ResponderExcluirEncantada!!!
Deus te abençoe.
Lúcia Diléa
dileasalgueiro@gmail.com