segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Todos os caminhos levam a Deus

Me desculpem aqueles que acreditam que somente sua religião oferece a salvação eterna.
Sei que tenho pouca experiência de vida, nesta vida, com apenas 34 anos.
Mas do pouco que já aprendi, tirei algumas lições que me fizeram ser alguém melhor.
Da igreja Católica, minha religião de berço, eu gosto das leituras da Bíblia, da explicação feita pelo padre Carlos, meu amigo, e das músicas de gratidão.
Não fazem efeito algum em mim, as frases repetidas, o ritual de senta e levanta, as imagens de santos, altares enfeitados, ficar de joelhos, assim por diante. Só produz efeito em mim aquilo que me faz refletir.
A hóstia não é para mim o corpo de Jesus. Primeiro porque eu jamais iria querer consumir o corpo dele. É sim, um pão, abençoado pelo sacerdote, com as melhores intenções. É um pão diferente porque recebeu uma energia intensa do “bem” e por isso, creio que faz bem às pessoas. O mesmo vale para o vinho e a água, abençoados.
Da igreja Lutherana, também gosto muito das explicações do pastor Adelmo, mas também não fazem efeito em mim as ladainhas, rituais, etc...
Em 2002 conheci o espiritismo kardecista. Eu estava muito mal, com depressão. Não conhecia nada dessa doutrina. Fui muito bem recebida no Operários do Bem. Nunca vou esquecer da Salete, que veio com um copinho de água para me acalmar. Nunca vou esquecer do efeito tranqüilizador do passe. Depois de ter esse primeiro contato e de ver o resultado em mim mesma, comecei a querer saber mais.
Fui assistir algumas palestras, e me apaixonei pelas mensagens de amor, de esperança, de tolerância, e de várias explicações sobre muitos problemas da nossa vida.
Resolvi então fazer o ESDE, um curso prolongado para conhecer os ensinamentos dessa doutrina.
Eu não vi nada de anormal no espiritismo. Não vi manifestações de demônios, não vi ninguém fazendo “trabalhos” ou “macumbas”. O que eu vi foi dezenas de pessoas voluntárias se dedicando a orientar outras pessoas. Ajudando a trazer de volta a esperança, a coragem, o equilíbrio perdido por conta dos efeitos de uma mediunidade mal compreendida, e mal direcionada.
Fui me aprofundando cada vez mais e cheguei até a fazer algumas palestras no Operários. Mas na verdade, sou tímida e prefiro ajudar de outra forma, escrevendo, que é o que mais gosto de fazer.
Fiz tantos amigos, pessoas que eu admiro muito.
E é por isso que gostaria de alertar quem acredita que sua religião é a única que leva até Deus. Eu amo os ensinamentos de todas as igrejas, mas retiros deles apenas o que minha razão me diz ser coerente. Dessa forma, levo a vida com idéias menos “encabrestadas” e sou feliz assim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário