Às vezes fico refletindo sobre algo e dá uma vontade louca de
escrever.
Então, hoje é um desses dias.
Estive pensando sobre família.
Viver em família, numa mesma casa, pode ser bem difícil e maravilhoso
ao mesmo tempo.
Saber dos defeitos e qualidades um do outro e ainda assim ter o mesmo
amor e cuidado.
Ter vontade de mandar à merda, mandar mesmo, e depois se arrepender e
se reconciliar.
Saber o que o outro está sentindo só de olhar.
Compartilhar as alegrias, as tristezas, as dificuldades e as
conquistas.
E família não é só consanguínea. E não é só com casais héteros.
Pode ser de amigos. Pode não viver na mesma casa. Pode ser de pessoas
que compartilham um ideal, um projeto.
Um dia pedi para ter minha própria família, além da minha de origem.
Fui atendida. E desde então o aprendizado tem sido intenso.
Aprendi o valor de abrir mão da “liberdade” da solteirice em troca da
companhia, que vem junto com tudo de bom e tudo de chato que os relacionamentos
trazem.
A solidão, o tédio de não ter com quem trocar ideias, ou mesmo brigar,
rsrsrs, não é algo que o ser humano deva se acostumar.
Ficar sozinho pode ser bom por algum tempo e cada um sabe o tanto que
aguenta isso.
Por outro lado, conviver o tempo todo exige da gente um esforço em
aparar nossas arestas. De ser mais gentil, paciente, compreensivo. De ser mais
carinhoso, parceiro, sincero.
Acho que viver em família é um aprendizado que não se obtém em
universidade nenhuma do mundo. Não dá diplomas. Mas nos transforma por dentro. Nos
faz enxergar o que realmente importa na vida: o amor.
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