De volta ao lar
A cada dia que passa a loucura da vida moderna nos empurra
para um beco sem saída. E de lá só há uma saída. Voltar. Para onde? Para o
início. Parece retrocesso, mas na verdade é uma salvação de si mesmo.
Experimente trocar uma tarde de domingo na frente do
computador, televisão ou celular para sentar embaixo de uma árvore, ouvindo um
único som, o canto dos passarinhos.
Experimente brincar de criador plantando um ou outro vasinho
com temperos, chás ou verduras orgânicos, todos frescos e com sabor de verdade.
Garanto que não voltará a comprar aquelas laranjas secas e sem gosto dos
supermercados.
Agora o mais incrível, transporte o ritmo de crescimento das
plantas para o seu dia-a-dia e verás com um piscar de olhos desaparecer a
ansiedade, angústia, estresse, depressão e todo o resto de porcarias que o “progresso”
trouxe junto como bônus, ou melhor, ônus.
Depois que você entra nessa dimensão paralela ao corre-corre
considerado “normal” as pessoas começam a te olhar estranhamente. Talvez pensam:
qual o segredo da serenidade em seu olhar. Deve estar ganhando muito dinheiro
para estar tão tranquilo. Para não correr atrás da cenoura pendurada numa vara
e que nunca irá alcançar.
Essa estrada de volta às origens, ao belo, ao natural, é um
caminho magnífico. Porque sim, já fomos um dia parte do meio, integrados à
natureza, mas perdemos essa consciência com os avanços mal utilizados. Cada passo
que damos em direção ao sol, ao verde, às aguas, nos deixa sempre mais perto de
uma energia divina, suave, revigorante.
E quando estamos plenos dessa sensação de completude não queremos
mais vivenciar as ilusões materialistas e sufocantes.
Então, está esperando o que?
Ponha o pé descalço no chão, respire o cheiro do mato, toque
e abrace o tronco das árvores. Sente-se na grama como se fosse o sofá de sua
casa.
Bem-vindo de volta ao lar. Você se reconectou!
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