domingo, 21 de agosto de 2016

Sempre foi mais fácil pra mim escrever do que falar.
Talvez falte coragem e a folha em branco é meu escudo.

Me permite pensar com calma antes de expor o que estou sentindo. 

quinta-feira, 4 de agosto de 2016



De volta ao lar

A cada dia que passa a loucura da vida moderna nos empurra para um beco sem saída. E de lá só há uma saída. Voltar. Para onde? Para o início. Parece retrocesso, mas na verdade é uma salvação de si mesmo.

Experimente trocar uma tarde de domingo na frente do computador, televisão ou celular para sentar embaixo de uma árvore, ouvindo um único som, o canto dos passarinhos.

Experimente brincar de criador plantando um ou outro vasinho com temperos, chás ou verduras orgânicos, todos frescos e com sabor de verdade. Garanto que não voltará a comprar aquelas laranjas secas e sem gosto dos supermercados.

Agora o mais incrível, transporte o ritmo de crescimento das plantas para o seu dia-a-dia e verás com um piscar de olhos desaparecer a ansiedade, angústia, estresse, depressão e todo o resto de porcarias que o “progresso” trouxe junto como bônus, ou melhor, ônus.

Depois que você entra nessa dimensão paralela ao corre-corre considerado “normal” as pessoas começam a te olhar estranhamente. Talvez pensam: qual o segredo da serenidade em seu olhar. Deve estar ganhando muito dinheiro para estar tão tranquilo. Para não correr atrás da cenoura pendurada numa vara e que nunca irá alcançar.

Essa estrada de volta às origens, ao belo, ao natural, é um caminho magnífico. Porque sim, já fomos um dia parte do meio, integrados à natureza, mas perdemos essa consciência com os avanços mal utilizados. Cada passo que damos em direção ao sol, ao verde, às aguas, nos deixa sempre mais perto de uma energia divina, suave, revigorante.

E quando estamos plenos dessa sensação de completude não queremos mais vivenciar as ilusões materialistas e sufocantes.
Então, está esperando o que?

Ponha o pé descalço no chão, respire o cheiro do mato, toque e abrace o tronco das árvores. Sente-se na grama como se fosse o sofá de sua casa.

Bem-vindo de volta ao lar. Você se reconectou!


segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Para alguns a paixão é o trabalho e a consequência é o dinheiro. 
Para outros, a paixão é o dinheiro e a consequência é o trabalho.
E cada um é feliz do seu jeito. 
Mas no final, não se leva o dinheiro, só o que conquistou com o trabalho.
Quer riqueza maior ?

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Motivação íntima



Amigos me convidaram para ajudar em um trabalho de prevenção ao suicídio.
Aceitei de prontidão, sem pensar muito.

Um pouco pelos conhecimentos da doutrina Espírita.
Mas principalmente, por algo forte dentro de mim, de amor à vida.
Amor ao aprendizado diário, à coragem para superar os obstáculos.
Às mãos amigas, que tantas vezes nos levantam do chão.
Amor a um amor maior, que nos oportuniza evoluir no bem para sermos felizes de verdade.

Não sei de onde vem essa motivação interior, mas é forte, enraizada, de uma certeza sólida de que a oportunidade é dada, e a escolha é nossa.
Quem sabe eu tenha pedido para nascer, para tentar fazer diferente, quem sabe eu esteja feliz com o novo caminho escolhido, e desejo transmitir essa coragem aos que ainda não despertaram para a plenitude de estar VIVO.

Viver ultrapassa o significado do dicionário.
Respirar com consciência do ar entrando nos pulmões.
Sentir a energia do verde entrando em sua alma.
Largar no chão as ilusões do mundo, entre elas, a pressa, o imediatismo.
Viver com objetivos mais inteligentes do que reunir riquezas, que ficarão por aqui quando partirmos.
Viver sem a carga de mágoas, raivas, rancores, solidão, tristezas.
Viver é olhar o sol nascer, cheirar o café fresquinho, colocar frutas para os passarinhos.
Se encher de ânimo para mais um dia, e outro, e outro, e outro...

Até o dia que tivermos cumprido nossa missão, de aprender a VIVER!

sábado, 2 de abril de 2016

Vamos! Leiam depressa!

Vamos! Leiam depressa!

Já viram como temos pressa para tudo?

Tive pressa em largar as meias no tanque e vir correndo ligar o computador para escrever sobre “a pressa”, que ironia né?

Mas precisava colocar no papel as ideias, antes que elas se perdessem no emaranhado de pensamentos diários.

Então vamos lá.

Quantas vezes não respeitamos nosso ritmo e violentamos nosso organismo em atividades que julgamos serem urgentes. Será que são tão urgentes assim?

Vejam bem, não estou fazendo uma apologia à inércia, ou à preguiça. Há momentos em que a ação precisa ser rápida. Mas será que em todos estes momentos estamos discernindo corretamente ao optar em agir com pressa, sem avaliar a situação, sem planejar a ação?

Ao acordar para o trabalho, temos pressa em tomar o café, e nem sentimos o sabor dos alimentos, isso vale também para as outras refeições. Resultado: comer rápido, além de não mastigar bem a comida para os nutrientes serem bem absorvidos, também nos faz engordar além do que gostaríamos.

Depois saímos correndo para os afazeres. Poderíamos ter acordado meia hora mais cedo. Mas não, preferimos despertar em cima do laço e fazer tudo com pressa. Aí no trânsito é um festival de palavrões para o sujeito da frente, que não anda com essa “M” de carro, que como nós, também não acordou um pouco antes, e acabou saindo às pressas.

Muitas vezes estamos frustrados com a profissão, com o trabalho, e as tarefas também são feitas às pressas para nos livrarmos logo delas. Pensem na consequência disso em trabalhos onde se faz atendimento em saúde, por exemplo. Nestes lugares, a pressa, inimiga da perfeição, gera resultados desastrosos.

E na vida pessoal? A sociedade nos cobra uma pressa desumana para namorar, casar, ter filhos. Aí a criatura entra no jogo, veste a indumentária de caça e sai pela noite em busca do primeiro que lhe oferecer uma migalha de atenção e carinho. Bom, nem preciso dizer no que isso termina. Mas vou lembrar. Ali começam relacionamentos descartáveis. Aí é que se automutila o amor próprio, o respeito ao corpo e aos sentimentos. Aí é que começam uniões fadadas ao fracasso. Por quê? Pela pressa, pela falta de paciência em conhecer alguém melhor, antes de entregar o coração a(o) primeira(o) que aparece pela frente na balada. E não me venham com essa besteira de que “lavou (o corpo) tá novo”. Duvido que não fica uma dorzinha no fundo da alma, quando vê a paquera na noite seguinte, paquerando outra pessoa. Lá se vão os sonhos, e lá vem de novo a pressa, para encontrar “alguém especial”. Já parou pra pensar que quando menos procuramos, mais fácil encontramos?

Deixe a vida seguir seu ritmo. Não fique parado, mas também não force a barra para as coisas acontecerem. Coma o fruto maduro, pra não sentir a dor na barriga por ter ingerido um fruto verde.

São tantos os exemplos de quando metemos os pés pelas mãos. Numa briga então. É um show de pressa, de ambos os lados, para ver quem responde mais rápido à ofensa. Sério, fecha a boca que dá mais lucro. Usa as sinapses para te ajudar e não pra te destruir de vez. Pensa criatura! É melhor responder de imediato? ou escolher melhor as palavras? ou mesmo não dizer nada? Imagine quantos conflitos seriam resolvidos sem tantos prejuízos! Sem precisar lotar as mesas de processos nos tribunais!

É, temos muito que aprender ainda sobre a pressa e a paciência. Agora até passou um pouco a ansiedade e a pressa em vir escrever. Quem sabe novos pensamentos surjam e eu volte ao computador.

E vocês, de qual pressa gostariam de se livrar?