sábado, 2 de abril de 2016

Vamos! Leiam depressa!

Vamos! Leiam depressa!

Já viram como temos pressa para tudo?

Tive pressa em largar as meias no tanque e vir correndo ligar o computador para escrever sobre “a pressa”, que ironia né?

Mas precisava colocar no papel as ideias, antes que elas se perdessem no emaranhado de pensamentos diários.

Então vamos lá.

Quantas vezes não respeitamos nosso ritmo e violentamos nosso organismo em atividades que julgamos serem urgentes. Será que são tão urgentes assim?

Vejam bem, não estou fazendo uma apologia à inércia, ou à preguiça. Há momentos em que a ação precisa ser rápida. Mas será que em todos estes momentos estamos discernindo corretamente ao optar em agir com pressa, sem avaliar a situação, sem planejar a ação?

Ao acordar para o trabalho, temos pressa em tomar o café, e nem sentimos o sabor dos alimentos, isso vale também para as outras refeições. Resultado: comer rápido, além de não mastigar bem a comida para os nutrientes serem bem absorvidos, também nos faz engordar além do que gostaríamos.

Depois saímos correndo para os afazeres. Poderíamos ter acordado meia hora mais cedo. Mas não, preferimos despertar em cima do laço e fazer tudo com pressa. Aí no trânsito é um festival de palavrões para o sujeito da frente, que não anda com essa “M” de carro, que como nós, também não acordou um pouco antes, e acabou saindo às pressas.

Muitas vezes estamos frustrados com a profissão, com o trabalho, e as tarefas também são feitas às pressas para nos livrarmos logo delas. Pensem na consequência disso em trabalhos onde se faz atendimento em saúde, por exemplo. Nestes lugares, a pressa, inimiga da perfeição, gera resultados desastrosos.

E na vida pessoal? A sociedade nos cobra uma pressa desumana para namorar, casar, ter filhos. Aí a criatura entra no jogo, veste a indumentária de caça e sai pela noite em busca do primeiro que lhe oferecer uma migalha de atenção e carinho. Bom, nem preciso dizer no que isso termina. Mas vou lembrar. Ali começam relacionamentos descartáveis. Aí é que se automutila o amor próprio, o respeito ao corpo e aos sentimentos. Aí é que começam uniões fadadas ao fracasso. Por quê? Pela pressa, pela falta de paciência em conhecer alguém melhor, antes de entregar o coração a(o) primeira(o) que aparece pela frente na balada. E não me venham com essa besteira de que “lavou (o corpo) tá novo”. Duvido que não fica uma dorzinha no fundo da alma, quando vê a paquera na noite seguinte, paquerando outra pessoa. Lá se vão os sonhos, e lá vem de novo a pressa, para encontrar “alguém especial”. Já parou pra pensar que quando menos procuramos, mais fácil encontramos?

Deixe a vida seguir seu ritmo. Não fique parado, mas também não force a barra para as coisas acontecerem. Coma o fruto maduro, pra não sentir a dor na barriga por ter ingerido um fruto verde.

São tantos os exemplos de quando metemos os pés pelas mãos. Numa briga então. É um show de pressa, de ambos os lados, para ver quem responde mais rápido à ofensa. Sério, fecha a boca que dá mais lucro. Usa as sinapses para te ajudar e não pra te destruir de vez. Pensa criatura! É melhor responder de imediato? ou escolher melhor as palavras? ou mesmo não dizer nada? Imagine quantos conflitos seriam resolvidos sem tantos prejuízos! Sem precisar lotar as mesas de processos nos tribunais!

É, temos muito que aprender ainda sobre a pressa e a paciência. Agora até passou um pouco a ansiedade e a pressa em vir escrever. Quem sabe novos pensamentos surjam e eu volte ao computador.

E vocês, de qual pressa gostariam de se livrar?