domingo, 25 de outubro de 2009

Alguma coisa mudou em mim

E não sei dizer o que é
Parece que estou mais centrada
Que não preciso ser quem eu não sou
Que as coisas que faço, faço agora com mais confiança
Uma paz interior, uma tranqüilidade
Que não se afeta com as bobagens do mundo
Preocupações não existem mais
Vivo cada momento intensamente
Sinto tudo com mais prazer
O canto dos pássaros
A música
O sabor da comida
A leitura
O clima
Não há mais pressa
Algo realmente mudou
Sem medo de não conseguir

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Palestra para o Centro Espirita Operarios do Bem - Fonte: www.espirito.org.br

Casamento

O homem é uma criatura sociável.
Ele precisa conviver com outras pessoas pra se desenvolver.
E pra se desenvolver precisa trocar experiências.
E depois, colocar em prática aquilo que aprendeu nessa troca de experiências.
Só que pra isso ele precisa viver em sociedade.
E a sociedade é formada de inúmeras sociedades menores, que são as famílias.
Uma sociedade feliz só existe com famílias felizes.
E as famílias começam com o casamento.
Mas o que é o casamento?
Para muitos, que passaram por relações que terminaram mal, o casamento é um castigo, uma prisão.
Mas quando há amor de verdade entre homem e mulher, o casamento é apenas o resultado natural desse amor.
E ele tem como objetivo o relacionamento sexual, afetivo, e a formação de uma família e de muito companheirismo.
No começo de um casamento, o que predomina é a paixão.
Ela é muito forte e afoga sentimentos mais elevados.
O tempo vai passando.
E a paixão vai perdendo a força e dando lugar ao amor-companheirismo.
Aquele amor que se alegra com a alegria do outro, que fica feliz com a felicidade do outro.
O amor de verdade é um projeto para a vida toda e pra ele durar a vida toda é preciso empenho de duas pessoas, que mesmo tendo algumas afinidades, são diferentes em vários aspectos: biológico, psicológico, cultural, intelectual, emocional.
Tomara Deus que no futuro, reste apenas o amor-companheirismo no seu mais alto grau de evolução: o Amor Universal.
O casamento pode representar para o ser humano estágio de evolução sublime.
Mas só se houver no relacionamento muito respeito e consideração pelo companheiro(a).
Só se houver fidelidade e compromisso, independente de quantos anos estejam juntos.

O casamento na visão espírita

Para o espiritismo o casamento não é fruto de cerimônias.
Para o espiritismo o casamento é assumido perante o altar da consciência, cujo Templo é o Universo.
Ele acontece quando surge o compromisso moral entre marido e esposa.
Se não existe esse compromisso, mesmo sendo casados “no civil ou no religioso”, não há casamento.
A palavra “casar” tem vários significados, mas o que mais “casa” com o termo é “combinar, harmonizar”.
Casar quer dizer também, adaptar-se ou ajustar-se.
Casar é ter os mesmos ideais, as mesmas preocupações, os mesmos sentimentos e as mesmas aspirações.
Então, só existe casamento quando os parceiro(a)s combinam, quando estão em harmonia.
Claro que o casamento civil, aquele registrado no cartório, é um dever que deve ser cumprido também por nós espíritas.
Devemos fazer isso, para que a união seja reconhecida perante as leis vigentes da nossa sociedade e também para garantir direitos e deveres do marido e da esposa.
Se a humanidade fosse mais evoluída essas e muitas outras leis não seriam necessárias, bastariam as leis de Deus, regidas por nossa consciência.
Mas por enquanto ainda precisamos do amparo das leis humanas.
Casar não é só quando entramos na igreja, ou no cartório, ou quando apenas juntamos as escovas de dente.
Casar é tarefa para todo dia. É no dia-a-dia que alcançamos a comunhão espiritual profunda e a integração total com o companheiro(a).

A separação na visão espírita

O espiritismo não é contra as separações.
O casal que já não tem mais sentimentos um pelo outro, não deve manter o convívio.
Isso pode trazer males bem piores do que a separação.
Nesses casos, a separação verdadeira já aconteceu. Que é a separação de seus sentimentos.
E a separação de corpos será apenas uma oficialização para a sociedade.


Tipos de casamentos na concepção espírita

Casual – Quando é o primeiro encontro de duas pessoas, que nunca haviam se encontrado em outras encarnações.
Alguns conseguem levar uma vida satisfatória juntos.
Outros não se adaptam, não suportam as desavenças e se separam. Em outra encarnação, se encontram para se reconciliar.

Provatório – Ocorre quando há o reencontro de espíritos que estão em diferentes graus de adiantamento espiritual, e que se desentenderam em outras vidas.
Por isso, voltam a encarnar para superar as provas a que forem submetidos, e para progredirem.

Expiatório – Também é chamado de casamento de resgate. Nesse caso, marido e mulher erraram muito em vidas anteriores. Reencarnaram então em um novo lar para corrigir esses erros.

Sacrificial – É quando um espírito mais evoluído se une com outro menos evoluído para ajuda-lo a progredir.

União de afins – O melhor e mais desejado por todos! Acontece na união de dois espíritos evoluídos, que possuem sentimentos elevados, e que se amam verdadeiramente.
Os dois corações são cheios de afeto, e tem os mesmos objetivos supremos para juntos se adiantarem espiritualmente.

Não importa em qual casamento passamos, em qual estamos ou em qual vamos passar.
O que importa é que não existe o acaso, ninguém está sob o mesmo teto por sorte ou azar.
As pessoas da nossa família apontam nossas falhas e nos ajudam a corrigir os nossos desvios de conduta.
Deus permite que os espíritos que noutra vida tiveram desavenças, se encontrem nesta vida, em família.
Assim, um servirá de prova para o adiantamento do outro.
Os bons terão campo de trabalho.
Os maus se melhorarão aos poucos, recebendo os cuidados que precisam para melhorar seu caráter.
É assim que Deus age para fazer desaparecer as antipatias entre nós.
É como a mãe que deixa os dois filhos briguentos, sozinhos num quarto, até que se entendam.
Assim Deus faz conosco.
Coloca marido e mulher para juntos se curarem de seus defeitos morais.
Enquanto não forem “curados”, as brigas vão continuar e os espíritos pouco evoluídos vão conseguir atuar com facilidade sobre essa família, prejudicando a educação dos filhos e incentivando as separações.

Como preservar o casamento

Entendamos como preservar quando existe amor e não pura e simplesmente para manter aparências.
Mesmos os casamentos de provação não precisam ser só de dores.
Deus não quer ver a gente sofrendo infinitamente.
Se estamos num relacionamento provatório, é para desenvolvermos o perdão, a compreensão, a paciência...
Não é para viver brigando igual cão e gato.
Cuidar do amor é como cuidar de um jardim.
É preciso regar de vez em quando.
Tirar as ervas daninhas.
É preciso praticar a caridade no lar para manter a harmonia do casamento.
A meditação, a oração em conjunto, a procura em fazer o bem, também ajudam.
Vamos procurar compreender o companheiro(a) sem o vinagre da crítica.
Se ele foi grosseiro conosco, tentemos compreender que passa por algum conflito, assim não ficaremos magoados.
Vamos aceitar o companheiro(a) como ele é.
Cada ser humano está numa faixa de evolução.
Não podemos exigir de alguém mais do que pode dar.
Além disso, ninguém é totalmente mau.
Vamos identificar também as qualidades das pessoas.
Vamos prestar atenção em nosso companheiro(a).
Quando não há interesse em dialogar, logo o afeto acaba.
Vamos aprender a ouvir o que diz nosso parceiro(a) e a reconhecer quando ele está com a razão.
Vamos manter a educação e o respeito para não cairmos nos caminhos da agressividade, que deixa todos nervosos e infelizes.
Vamos demonstrar carinho com mais freqüência.
Vamos ensinar nossos filhos, desde pequenos a abraçar, beijar, acariciar, elogiar...
O toque, o afeto também curam muitos males.
Ensine seus filhos desde pequenos, para que quando sejam adultos não tenham receio de te dar um abraço e de dizer o quanto te amam.
Diga ao teu companheiro(a) o quanto você o ama.
Mas, mais importante do que dizer, é demonstrar através de atitudes.
De nada adiantam palavras bonitas, se depois você fere com ações


Não cobiçar a mulher (ou o homem) do próximo(a)

Quando Jesus disse, Não separeis na terra o que Deus uniu nos céus, ele falava do casamento firmado de coração para coração.
E quando esse casamento tem como base o amor puro e verdadeiro, ninguém poderá interferir para separar essa união.
Por isso, quando a gente vê um casal feliz, é natural desejar para nós aquela felicidade.
O que não devemos desejar, é estar com um daquele casal, para conseguir sentir essa felicidade.
Não podemos desejar como nosso companheiro(a) uma pessoa que já encontrou a felicidade com outra pessoa.
A felicidade existe para aquelas almas, porque elas se completam.
Se elas ficassem com outras pessoas, essa harmonia já não seria a mesma e a felicidade também seria menor.
Precisamos entender que para ter a felicidade igual àquele casal, não precisamos destruir a união deles.
Precisamos apenas alcançar o mesmo nível de harmonia, encontrando alguém que também nos complete.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Oração pessoal

Senhor,
Que eu saiba dar valor ao amor quando ele chegar
Que tudo que vivi, sirva de bagagem para não cometer os mesmos erros novamente
Que eu aprenda a respeitar e a querer ser respeitada
Que eu aprenda a compartilhar minha vida
Que eu aprenda a confiar
Que eu não pense só em meus sentimentos
Que o individualismo dê lugar a uma parceria sincera e baseada no mais puro amor
Obrigada!